O Caçador - Sujar a Alma

O Caçador - DENTRO - Cápitulo IV


"Você foi só mais uma bichinha que me comeu"

O caçador caçava ferozmente todos os dias, toda hora, desesperadamente. Conhecia milhares de homens, falava de sua intimidade com todos eles, transava com alguns e se perdia. Sempre ouvia que se não fosse tão puto seria um grande candidato a namoro.

E quando chega alguém, um homem de verdade, a quem pretendia dedicar-se, entregar-se, ir embora pra onde fosse pra viver ao lado dele. Salvar e ser salvo. 

Mas não. É só mais uma bichinha.Voltou ao trabalho na biblioteca, começou mais alguns livros. Foi um dia ruim, onde só pensou em o quanto foi horrível a noite anterior.

Claro que uma caçada faria esquecer tudo. Mas nada de sentimento. Nada de amor. Sexo.

Sexo agora.

Era já 23:00 e Rang estava caçando. Não queria punheta. Não queria comer ninguém. Queria dar.

Dar com o máximo de violência possível.

Ok, um perfil qualquer  de ativo anunciava sexo real agora, ele pegou o endereço da rua e foi.

Sem perguntar mais nada.

Não sabia com quem ia encontrar. Se era gordo ou magro, não sabia idade, não sabia altura, não sabia nada.

Só sabia que era ativo.

Chegou ao endereço. Já era 00:05. Ficou do outro lado da rua.

Saiu um homem alto de uma porta de ferro. Aparentava uns 60 anos, usando roupas de frio e um gorro cinza, calça social marrom e sapato. Não dava pra ver o rosto.

Respirou e estava disposto a qualquer coisa. O homem fez um sinal e ele foi.

Ele não disse uma palavra, Rang começou a tremer.

Passaram por um corredor e ouvia vozes de mulheres argentinas, o velho fez um sinal pra que não fizesse barulho enquanto passavam. No fundo do terreno entraram em um comodo com velas acesas, um colchão fino no chão, um cobertor pula-cerca, caixas de papelão cheias em toda a parede, as vozes ao longe e o rosto do velho magro e cheio de marcas.

Rang sem medo, tirou a roupa e deitou no cobertor. A pele de rang refletia na luz. Limpa no meio da sujeira.

O velho baixou a calça e já estava de pau duro.Um pau grosso, comprido, cabeçudo, preto no meio das pernas magras.

Rang respirou e olhou pra frente , pra uma cadeira com panelas e colheras embaixo dela.

O velho deitou sobre ele. Ele agarrou no cobertor, sentiu a barriga quente nas suas costas geladas. Abriu o cu. O velho pois o pau na porta do rabo de Rang, ele respirou e o estranho meteu o pau sem cuspe no cu apertado do menino triste.

Uma dor.

Abriu a boca, o velho pois a mão para que não gritasse, as mulheres argentinas, o pau entrou rasgando.

O velho meteu forte por sua casa, meteu de novo pela solidão, meteu mais forte pelo bombeiro. Rang chorou um pouco, mas não conseguia o velho era forte, metia forte e falava ofegante: "eu demoro pra gozar, você vai aguentar? e metia forte. O caçador sentia dor, prazer, auto-flagelação. E a força aumentava.

O caçador gozou e continuou dando, o velho o prendeu pelo ombro e continuou metendo mais forte até gozar, contendo urros pra ninguém escutar.

Os dois ficaram jogados, o caçador tirou as lágrimas com os olhos com o dedo.

Agredido.

Era como se sentia por tudo que aconteceu com o "salvador " que não o salvou.

Mais tarde foi pra casa com mais frio. Sem ao menos saber o nome do agressor.







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